segunda-feira, 28 de junho de 2010

O ATO E AS ATITUDES

As palavras criadas pelos seres humanizados nem sempre são precisas para a expressão de nossos pensamentos. Isso acontece, por exemplo, na distinção entre a palavra ato e atitude.

Alguns dicionários classificam-nas como sinônimas. Mas existe uma diferença fundamental entre elas que deve ser ressaltada para que possamos compreender como funciona a chamada Lei cósmica do Carma.

Os livros religiosos costumam dizer que nossos atos serão julgados por Deus e que a Lei de Causa e Efeito (carma) processa-se através dos nossos atos.

Essa compreensão é correta se estivermos pensando que ato é sinônimo de atitude. Porém, quando diferenciamos estas duas palavras, vamos notar que o carma não está ligado ao ato (ação), mas com a atitude, a intencionalidade com o qual o ato foi praticado ou vivido.

Vamos exemplificar.
Tomemos um ato corriqueiro nos dias de hoje: dar um prato de comida para o mendigo que bate em nossa porta. O mesmo ato (dar o prato de comida) pode ser realizado a partir de várias atitudes: uma atitude amorosa e benevolente, uma atitude rancorosa (criticando o governo ou quem quer que seja pela situação), uma atitude orgulhosa, uma atitude de desprezo etc.

Enfim, todos os atos (as ações exteriores que podem ser percebidas, sentidas, descritas etc.) podem ser realizados a partir de diferentes atitudes. Portanto, é na atitude que se encontra a carga energética necessária para o movimento ilusório da ação exterior, acionando a Lei de causa e efeito. Assim, uma intencionalidade amorosa sempre anula o efeito de um carma anterior, enquanto todas as demais intencionalidades geram novos carmas.

Em outras palavras, o Amor é um sentimento integral que não é dualista. Ou existe Amor ou não existe. Da mesma forma que as trevas são tão somente ausência de Luz, não existindo por si mesmas, tudo aquilo que podemos definir como não sendo Amor não é o outro lado da moeda, mas outras coisas.
E o que seriam?
Seriam os sentimentos criados pelo ego. Os sentimentos criados pelo ego são, propositadamente, dicotômicos.

Eles são criados com dois lados e cada um possui a essência de seu oposto:

Alegria X tristeza
Apego X aversão
Belo X feio
Agradável X desagradável
Bom X mau
Positivo X negativo
Etc.

Quando nos prendemos a qualquer um dos pólos dos sentimentos criados pelo ego estaremos adquirindo novos carmas e, conseqüentemente, vivenciando novos ciclos de prazer/desprazer (sofrimento) ao longo de nossas vidas humanizadas.

Libertar-se das atitudes dicotômicas é uma forma de libertar-se do carma, vibrando sempre amor não importa o que acontecer, por isso falamos sempre em amor incondicional.

Os atos exteriores que podem ser captados ou percebidos pelos sentidos vão gerar diuturnamente provas para os envolvidos direta ou indiretamente naquela ação e o carma será gerado ou anulado em função da atitude que cada um dos envolvidos tomar.

Por exemplo, a TV mostra o julgamento de uma pessoa que atirou uma criança em um rio. Aquele que manifestar uma atitude crítica ou punitiva em relação àquela pessoa, estará adquirindo carma. Por seu lado, aquele que manifestar uma atitude amorosa pelo “algoz” e pela “vítima” irá se libertar de um carma.

A atitude amorosa é sempre equânime, ou seja, feita com igualdade de ânimos. O amor incondicional em qualquer ato vivido impede a aquisição de novos carmas.

Dito isso, podemos, finalmente, compreender porque quem busca a felicidade nunca a alcança. E por quê? Porque confunde felicidade com alegria. A alegria contém a semente da tristeza. Ser alegre não é ser feliz. Ou seja, não devemos buscar a felicidade como se ela estivesse em algum lugar nos esperando, mas vivê-la plenamente, pois ela já se encontra dentro de nós. Quando amamos de verdade (quando amamos incondicionalmente) somos felizes e nada é capaz de abalar essa felicidade.

Tome, portanto, a partir de agora, uma nova atitude perante a vida. Lembrando que atitude é uma postura interior perante algum fato, situação etc.

Como vimos, um mesmo ato pode ser vivido a partir de diferentes atitudes.
É na atitude que a sua sensibilidade está envolvida.
A atitude é uma maneira de ser.
A atitude define se nosso sentimento vem de Deus ou do ego.
A atitude manifesta a intencionalidade por trás de qualquer ato exterior.

Em suma, os atos podem ser descritos, mas a atitude só pode ser compreendida.

E isso acontece para aprendermos a não julgar o outro, uma vez que nunca sabemos com que intencionalidade (atitude) o ato foi vivido. Temos que aprender a julgar e transformar as nossas atitudes e não as dos outros, libertando-nos das atitudes egocêntricas e vivenciando nossas ações no mundo a partir de atitudes amorosas.

Lembremos que apenas Deus é capaz de compreender o outro e seus motivos interiores, pois, na essência de tudo, a relação é sempre entre cada um de nós e Deus.

O carma só existe nos mundos de provas e expiações. Vencê-lo, amando e sendo feliz incondicionalmente, capacita-nos para viver aventuras diferentes nos mundos regenerados.

Fiquem na paz de Deus

São Carlos, 21/07/2006
Texto canalizado na ONG Círculo de São Francisco

EGO: A CONSCIÊNCIA INVERTIDA

Acho que encontrei a melhor definição de Ego: consciência invertida.

Antes de encarnar, quando se encontra desiludido, o espírito escolhe um gênero de provas e parte para mais uma aventura encarnatória. Para que sua prova aconteça na Terra, ele precisa se ligar ao Ego, a consciência invertida, que utiliza o cérebro como instrumento.

Muitos neurocientistas acreditam que o cérebro (uma massa de carne que na essência não passa de energia cósmica ou escalar, na linguagem científica) pensa. Isso é impossível. Pensar é um atributo do espírito, assim como a emanação de sentimentos. Porém, devido ao Ego, a consciência invertida, e ao cérebro, um redutor de percepções, o espírito torna-se vítima da ilusão material. Passa a acreditar que deve buscar a felicidade em algum lugar exterior, esquecendo-se que já foi criado para ser feliz, cria apegos e aversões às coisas, pessoas e lugares, esquecendo-se de amar universalmente.
Passa a julgar e a condenar quem não pensa como ele ou não faz aquilo que ele considera “certo”. Enfim, sofre desesperadamente com as percepções, sensações e emoções que chegam do mundo exterior até ele.

Libertar-se do Ego não é fácil. Aliás, eu diria que isso é impossível enquanto estivermos encarnados.

Mas é possível desinverter o Ego. Não foi por acaso que Krishna disse para Arjuna que o Ego era um mau patrão, mas um ótimo serviçal.

O importante é desinverter o Ego, fazê-lo trabalhar para o Espírito e não o que acontece com a maioria das pessoas que se deixa seduzir pela consciência invertida.

E como se pode fazer isso?
Simplesmente aceitando que sua missão na Terra é amar.

O espírito apenas ama e é feliz, todo o resto é ilusão. Assim, se você gosta que as pessoas joguem o lixo no lixo e não na rua, ao ver alguém fazendo isso, seu Ego vai fazer você sentir raiva dela, pois esse é o papel do Ego.

Sabendo que a raiva não é um sentimento saudável e que vai te tornar doente, passe a amar aquele que joga lixo na rua. Você pode até
tentar convencê-lo a não fazer mais isso, mas sempre com exemplos positivos, nunca impositivos.

Como salientei, o cérebro não pensa, apenas reduz a percepção do espírito para o iludir. O cérebro funciona de forma semelhante aos transformadores que rebaixam a energia que sai da usina para que em nossas casas chegue apenas 110 ou 220 Volts.

Ao nosso redor há uma infinidade de ondas visuais, olfativas, sonoras e quem sabe de outros tipos que ignoramos por não termos o sentido próprio para captá-las. O Ego vê lixo onde somente existe energia. Vê inimigo onde somente existe mais um irmão espiritual passando também por provas.

Desinverter o Ego é necessário para o nosso aprimoramento espiritual. Não basta desinverter o Ego após o desencarne. Esse processo acontecerá, necessariamente, para que uma nova encarnação seja preparada. Mas para sair do sansara, ou seja, da roda das encarnações, é necessário desinverter o Ego ainda na carne. É isso que chamo de ressurreição.

Recuperar a consciência espiritual ainda ligado a um corpo físico.

Vários espíritos comunicantes afirmam que enxergam tudo que os rodeiam, ou seja, possuem uma visão de 360°. Alguém consegue imaginar como é enxergar o que se passa na frente e atrás, tudo ao mesmo tempo? Pois é, os desencarnados conseguem.

Eu não entendo como alguém pode ter medo de espíritos. É muito melhor ser espírito do que encarnado.

A vida do espírito é muito mais plena, muito mais rica, muito mais interessante. Sem falar na possibilidade de se locomover pelo espaço através do pensamento.

Obviamente que não vou falar para ninguém atentar contra a própria vida, apesar de não acreditar que alguém consiga desencarnar antes da hora prevista, mas procurar viver sua existência na Terra como espírito, amando e sendo feliz.

E quando regressar para o verdadeiro lar, poder dizer para si mesmo: consegui desinverter o Ego; Consegui provar para mim mesmo que sou mais forte que ele.
O espírito venceu a matéria.

Luz e Paz

Adilson Marques

terça-feira, 22 de junho de 2010

DUVIDAR É PRECISO ...

Perdoem-me os que crêem piamente, mas quem quer saber das coisas como elas realmente são precisa duvidar. Refiro-me à dúvida ativa: aquela que não descansa enquanto não encontra a própria destruição na resposta satisfatória, pois que existe a dúvida vazia, que se esgota em si mesma. Esta última é tão ou mais nociva do que a crença cega porque costuma conservar na ignorância os que com ela expressam apenas acomodação mental e uma tola vaidade intelectual.

Eliminar as dúvidas antes de acreditar, eis uma cautela indispensável ao pensador que não quer ser enganado nem enganador. Questionar nossas idéias e convicções, submetendo-as ao crivo sereno e lógico da razão, é uma providência saudável que nos pode livrar de enganos e decepções futuros.

Vivemos a chamada “Era da incerteza”, na qual a precariedade das nossas percepções foi escancarada pelos avanços das ciências psicológicas hoje imbricadas nas dimensões quânticas da “matéria mental” estudada na Nova Física. Já disse alguém – e disse bem – que só os tolos têm certezas absolutas.

Tais descobertas nos levam a concluir que toda e qualquer concepção humana nada mais é do que mera criação subjetiva, individual. Ou seja, as verdades absolutas, embora possam existir, não cabem na estreiteza da bitola mental do homem hodierno; delas, só logramos captar informações fragmentárias. Daí a necessidade de relativizarmos nossos conhecimentos e desconfiarmos de nossas certezas e crenças, para que não venhamos a ser surpreendidos entre os que se deixam enganar por ideologias equivocadas ou pelas mentiras enfeitadas com que, ainda hoje, os falsos profetas continuam explorando a credulidade fácil das multidões acríticas.
Crer sem entender é uma falta de respeito a si mesmo, uma ofensa à própria inteligência. A crença não validada pela racionalidade tende a infantilizar o espírito humano, gerando mentalidades ingênuas que são facilmente transformadas em marionetes nas mãos de exploradores inescrupulosos, ou levadas a fanatismos por “cegos que guiam cegos”.

Todavia, é fora de dúvida que a inteligência é a luz do homem e, como tal, deve ser colocada no alto para clarificar suas operações e construções mentais. Desse modo, com a luz ao velador – tal como recomendado por Jesus –, o espírito humano poderá reconstruir suas convicções e crenças sobre as bases graníticas de uma consciência amadurecida que adotou a crítica racional como instrumento de validação do conhecimento possível, sabidamente relativo.

Por paradoxal que pareça à primeira vista, é justamente a dúvida sistemática que nos leva à construção de uma fé robusta, raciocinante, baseada no perfeito entendimento daquilo em que se acredita em qualquer campo das realidades físicas, extrafísicas ou espirituais.

“Conheceres a Verdade, e ela vos libertará”, prenunciou Jesus. E que me perdoe o Excelso Mestre se me atrevo a proclamar uma nova bem-aventurança:

- ­“Bem-aventurados os que duvidam porque encontrarão a verdadeira fé.”

Autor:
Aureci Figueiredo Martins

quarta-feira, 9 de junho de 2010

QUAL É O SEU LIMITE?

Qual o seu limite para sonhar e realizar objetivos em sua vida? Nenhum.
O limite é você quem impõe.

Você é a única pessoa que pode colocar restrições nos seus desejos.

Veja que as grandes realizações do nosso século, acontecerem quando alguém
resolveu vencer o impossível.

Nas navegações, encontramos um Colombo determinado a seguir viagens pelo
mar, mesmo estando cansado de ouvir que o mar acabava e estava cheio de
monstros terríveis.

Santos Dummont, foi taxado de louco tantas vezes que nem mais ligava para os comentários até fazer subir seu 14 Bis.

Ford foi ignorado por banqueiros e poderosos que não acreditavam em carros em série.

Desistir de nossos projetos ou aceitar palpites infelizes em nossas vidas é mais fácil do que lutar por eles.

Renunciar, chorar, aceitar a derrota é mais simples pelo simples fato de que não nos obriga ao trabalho e ser feliz, dá trabalho.

Ser feliz é questão de persistência, de lutas diárias, de encantos e desencantos, quantas pessoas ainda passaram pela sua vida e te magoaram?
Centenas.

Quantos passarão pela sua vida só para roubar tua energia? Centenas.

Quantos estarão preocupados com você? Outras centenas.

A questão é como você vai encarar essas situações, como ficarão seus projetos.

Eles resistirão?

O objetivo você já tem: ser feliz!

Como alcançar você já sabe: lutando!

Resta saber o quanto feliz você realmente quer ser.

Lembre-se:
não há limites para sonhar, não se limite, vá à luta!

O impossível é apenas algo que alguém ainda não realizou!

fonte: internet

domingo, 6 de junho de 2010

ACEITE-SE OU SOFRA

No momento em que você se aceita, você se torna aberto, torna-se vulnerável, receptivo.

No momento em que você se aceita, não há necessidade de futuro nenhum, porque não há necessidade de melhorar coisa alguma. Então, tudo é bom, tudo é bom como é. No próprio exercício de viver, a vida começa a adquirir um novo colorido, surge uma nova harmonia.

Se você aceita a si mesmo, esse é começo da aceitação de tudo. Se rejeita a si mesmo, você está basicamente rejeitando o universo; se rejeita a si mesmo, você está rejeitando a vida. Se aceita a si mesmo, você aceitou a vida; então, não há mais nada a fazer além de sentir prazer, celebrar. Não há do que se queixar, não há ressentimentos; você se sente grato. Então, a vida é boa e a morte é boa; então, a alegria é boa e a tristeza é boa; então, estar com a pessoa amada é bom e estar sozinho é bom. Então, tudo o que acontece é bom, porque acontece a partir do todo.

Mas você foi condicionado, ao longo de séculos, a não aceitar a si mesmo. Todas as culturas do mundo foram envenenadas pela mente humana, porque todas elas dependem de uma coisa:
melhorar a si mesmo.

Todas despertaram ansiedade em você ansiedade é o estado de tensão entre o que você é e o que deveria ser. As pessoas tendem a permanecer ansiosas se houver um "deve" na vida.

Se há um ideal que tem de ser atingido, como você pode ficar relaxado? Como pode ficar em casa?

E impossível viver qualquer coisa totalmente, porque a mente anseia pelo futuro. E esse futuro nunca vem ele não pode vir. Pela própria natureza do seu desejo, é impossível quando ele vem, você começa a imaginar outras coisas, você começa a desejar outras coisas. Você pode sempre imaginar uma situação melhor. E você pode sempre ficar na ansiedade, tenso, preocupado é assim que a humanidade tem vivido por séculos.

Apenas raramente, de vez em quando, um homem escapa da armadilha. Esse homem é chamado de Buda, de Cristo. O homem desperto é aquele que conseguiu sair da armadilha da sociedade, que viu que essa armadilha não passa de um absurdo. Você não pode melhorar a si mesmo. E eu não estou dizendo que a melhora não aconteça; lembre-se mas você não pode melhorar a si mesmo. Quando pára de se melhorar, a vida melhora você. Nesse relaxamento, nessa aceitação, a vida começa a cuidar de você, a vida começa a fluir através de você. E quando você não tem nenhum ressentimento, nenhuma queixa, você desabrocha, você floresce.

Portanto, eu gostaria de lhe dizer: aceite a si mesmo como você é. E essa é a coisa mais difícil do mundo, porque vai contra o seu treinamento, a sua educação, a sua cultura. Desde o início da vida lhe disseram como você deveria ser. Ninguém nunca lhe disse que você é bom assim como é; eles sempre puseram programas na sua mente. Você foi programado pelos pais, pelos padres, pelos políticos, pelos professores você foi programado para apenas uma coisa: simplesmente continuar se aprimorando. Aonde quer que você vá, vai correndo atrás de alguma coisa. Você nunca descansa. Trabalha até a morte.

O meu ensinamento é simples: não adie a vida. Não espere pelo amanhã, pois ele nunca vem. Viva o dia de hoje!

Jesus disse aos seus discípulos:
"Olhai para os lírios do campo, como crescem; eles não trabalham, nem fiam contudo eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles."

Qual é a beleza das humildes flores?
Sua beleza está na total aceitação. Elas não têm um programa em seu ser para melhorar. Elas estão aqui e agora dançando ao vento, tomando banho de sol, conversando com as nuvens, dormindo no calor da tarde, flertando com as borboletas... desfrutando, sendo, amando, sendo amadas.

E toda a vida começa a despejar a sua energia dentro de você quando você está aberto. Então as árvores são mais verdes do que lhe parecem ser agora; então o sol é mais brilhante do que lhe parece ser agora; então tudo torna-se psicodélico, colorido. Do contrário, tudo perde a graça, torna-se insípido, melancólico e sem brilho.

Aceite-se essa é a oração. Aceite-se essa é a gratidão. Relaxe internamente é dessa maneira que Deus queria que você fosse. Ele não queria que você fosse de outro jeito; do contrário, teria feito você diferente. Ele fez você como você e como ninguém mais. Tentar se aprimorar é basicamente tentar aprimorar a Deus o que é uma idiotice, e você vai ficar cada vez mais louco nessa tentativa. Não vai chegar a lugar nenhum; simplesmente terá perdido uma grande oportunidade.

Deixe que essa seja a sua cor a aceitação. Deixe que essa seja a sua característica a aceitação, a completa aceitação. E então você ficará surpreso: a vida está sempre pronta a derramar as suas bênçãos sobre você. A vida não é sovina; a vida sempre dá em abundância mas não podemos receber essa abundância porque não sentimos que merecemos recebê-la.

É por isso que as pessoas se apegam às desgraças elas se acomodam à sua programação. As pessoas continuam se punindo de mil e uma maneiras sutis. Por quê? Porque isso se encaixa no seu programa. Se você não é como deveria ser, terá de se punir, terá de criar sofrimentos para si mesmo. É por isso que as pessoas se sentem bem quando são sofredoras.

Deixe-me dizer uma coisa: as pessoas ficam contentes quando são sofredoras; elas se tornam muito, mas muito inquietas quando estão felizes.

Isso foi o que observei em milhares e milhares de pessoas:
quando elas são infelizes, tudo está como deveria ser. Elas aceitam a situação essa situação de infelicidade se enquadra no condicionamento, na mente delas. Elas sabem o quanto são horríveis, elas sabem que são pecadoras.

Disseram-lhe que você nasceu no pecado. Que estupidez! Que absurdo! O homem não nasce no pecado, mas na inocência. Nunca houve nenhum pecado original, a única coisa que houve foi a inocência original. Toda criança nasce na inocência. Nós fazemos com que se sinta culpada começamos a dizer: "Assim não pode ser. Você deve ser deste modo." E a criança é natural e inocente. Nós a castigamos por ser natural e inocente e a recompensamos por ser artificial e esperta. Nós a recompensamos por ser falsa todas as nossas recompensas são para as pessoas falsas. Se alguém é inocente, não lhe damos nenhuma recompensa; não temos nenhuma consideração para com essa pessoa, não temos nenhum respeito por ela. O inocente é condenado, o inocente é considerado quase como um sinônimo de criminoso. O inocente é considerado tolo, o esperto é considerado inteligente. O falso é aceito o falso se encaixa na sociedade falsa.

Então, toda a sua vida não passa de um esforço para criar cada vez mais punições para si mesmo. E tudo o que você faz é errado; então você tem de se punir por todas as alegrias. Até mesmo quando a alegria vem a despeito de você mesmo, lembre-se, quando a alegria vem a despeito de você, quando às vezes Deus simplesmente se choca contra você e você não pode evitá-lo imediatamente você começa a se punir. Algo deu errado como isso pôde acontecer a uma pessoa horrível como você?

Na noite passada, um homem me perguntou:

"Osho, o senhor fala sobre o amor, o senhor fala de dar o seu amor. Mas o que eu tenho para dar a todo mundo?"
Ele quis saber:
"O que eu tenho para oferecer à minha amada?"
Essa é a idéia secreta de todo mundo:
"Eu não tenho nada." O que você não tem?

Ninguém lhe disse que você tem todas as belezas de todas as flores porque o homem é a mais bela flor desta terra, o ser mais evoluído.

Nenhum pássaro pode cantar a canção que você é capaz de cantar o canto dos pássaros não passa de ruídos, embora ainda assim seja lindo porque vem da inocência. Você pode cantar canções muito melhores, de maior importância, com muito mais significados.

Mas você pergunta:
"O que eu tenho?"

As árvores são verdes, belas; as estrelas são belas e os rios são belos
mas você já viu algo mais belo do que o rosto humano? Você já se deparou com algo mais belo do que os olhos humanos? Em toda a terra, não existe nada mais delicado que os olhos humanos nenhuma rosa pode competir com eles, nenhum lótus pode competir.
E que profundidade!

Mas você quer saber:
"O que eu tenho para oferecer no amor?"

Você deve ter vivido uma vida de condenação de si mesmo; você deve ter-se depreciado, sobrecarregando-se de culpas.

Na verdade, quando alguém o ama, você fica um tanto surpreso.
"Quem... eu? Uma pessoa me ama?"
A idéia surge na sua mente:
"É porque ela não me conhece. É isso. Se vier a me conhecer, se me observar melhor, ela nunca me amará." E assim os amantes começam a se esconder uns dos outros. Eles guardam muitos segredos, não abrem os seus segredos porque têm medo de que, no momento em que abrirem o coração, o amor irá desaparecer porque não conseguem se amar, como podem imaginar que alguém os ama?

O amor começa com o amor por si mesmo. Não seja egoísta, mas satisfeito consigo mesmo e essas são duas coisas diferentes. Não seja um Narciso, não seja obcecado por si mesmo mas o amor por si mesmo é um dever, um fenômeno básico. Apenas quando parte desse pressuposto é que você pode amar alguém.

Aceite a si mesmo, ame a si mesmo; você é uma criação de Deus. A assinatura de Deus está em você e você é especial, único. Ninguém mais nunca foi como você e ninguém mais jamais será como você é simplesmente único, incomparável.
Aceite isso, ame isso, celebre isso na própria celebração você vai começar a ver a singularidade dos outros, a incomparável beleza dos outros. O amor só é possível quando existe uma profunda aceitação de si mesmo, do outro, do mundo. A aceitação cria um ambiente em que o amor prospera, o solo em que o amor viceja.

do livro: Osho- Intimidade como confiar em si mesmo e nos outros. Ed. Cultrix

ACEITE-SE COMO VOCÊ É

A auto-aceitação pode, a principio, parecer algo oposto à intenção de nos transformarmos interiormente. Entretanto, é uma atitude essencial no processo de desenvolvimento de nossa autoconfiança.

Como podemos desenvolver o amor e a estima por nós mesmos, se não formos capazes de nos aceitar exatamente como somos? Isto não significa que devemos nos tornar egocêntricos, negar nossos defeitos e nem tampouco abandonar a vontade de vencer nossos medos e limitações.

Mas a mudança é um processo que se desenvolve durante toda a vida e a motivação para a empreendê-la só surge se nos reconhecermos como seres valiosos e especiais, a quem o Criador dedicou seu amor e atenção, independente de nossas falhas.

Ao analisarmos a carta astrológica natal de um ser humano podemos perceber nitidamente dificuldades, testes e desafios que ele trouxe para a presente encarnação, mas também ficam ali evidentes seus pontos fortes, suas qualidades e talentos.

Compreender que nossa totalidade inclui essa maravilhosa complexidade, onde se mesclam qualidades e limitações é um passo fundamental para o desenvolvimento de nosso amor-próprio.

Mas, para isso, é preciso antes de tudo libertar-se da ansiedade de querer ser outra pessoa. Essa ansiedade é o estado de tensão que surge entre o que você é e o que deseja ser. Busque o auto-aperfeiçoamento sem, no entanto, esquecer que já possui muitas qualidades e talentos que só estão à espera de serem reconhecidos por você.

Quem não se ama, aceita humilhação, desrespeito, exploração e toda forma de violência que o mundo quiser lhe impor. Amar-se, aceitar-se e desejar a cada dia obter o melhor da vida, sem que tenha de abrir mão de sua própria verdade, é o caminho mais seguro para alcançar equilíbrio e serenidade.

Elisabeth Cavalcante

.............................................................
Desde o início da vida lhe disseram como você deveria ser. Ninguém nunca lhe disse que você é bom assim como é; eles sempre puseram programas na sua mente.

Aceite-se - essa é a oração. Aceite-se - essa é a gratidão.

Relaxe internamente - é dessa maneira que Deus queria que você fosse. Ele não queria que você fosse de outro jeito do contrário teria feito você diferente. Ele fez você como você e como ninguém mais.

A vida não é sovina; a vida sempre dá em abundância - mas não podemos receber essa abundância porque não sentimos que merecemos recebê-la.

O amor começa com o amor por si mesmo.
Não seja egoísta, mas satisfeito consigo mesmo - e essas são duas coisas diferentes.
Não seja um Narciso, não seja obcecado por si mesmo - mas o amor por si mesmo é um dever, um fenômeno básico.

Apenas quando parte desse pressuposto é que você pode amar alguém.

Osho.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

TIRE PROVEITO DO LADO BOM DA RAIVA

A raiva não parece nada positiva quando a gente se depara com uma pessoa descontrolada ou quando o sentimento chega e a vontade é sair batendo no primeiro que estiver pela frente.

Mas, acredite, esse movimento pode ser transformado em força e usado para o seu bem.

Portanto, da próxima vez que você ficar bravo, pare e pense antes de qualquer reação.

Isso pode valer a sua saúde.

Se a raiva surgir por motivos corretos, ficar bravo pode ser bom para solucionar problemas, agir com rapidez ou produzir mais. "Ela nos torna muito produtivos", disse a psicóloga. Mas isso acontece quando se sabe lidar com esse sentimento, fazendo com que toda a energia provocada por ele se transforme em força motriz para resolver o problema de forma controlada, sem explosões de fúria. Afinal, atitudes intempestivas tiram a razão de qualquer um.


Em primeiro lugar, a raiva está longe de ser algo sem função, que deve ser combatido. É um sinal e visa proteger as pessoas. No embate do certo e errado no dia a dia, a raiva avisa que algo está errado e é preciso reagir. "É o sentimento da força e da ação, como um motor", disse a psicóloga e consultora organizacional Edna Peracini.


Lidar com o problema

Se a raiva se manifesta por razões pelas quais não se tem controle, é improdutiva. Se diante de um problema você começa a ficar irritado, seu sangue é bombeado mais rápido, fica vermelho, com as mãos umedecidas e o punho cerrado, você está com raiva. Há três modos de lidar com a situação, que determinam se ela pode ser boa para você: controlá-la, expressá-la ou retê-la.

No primeiro caso, a psicóloga ensina que ficar com raiva de situações que não se pode mudar não leva a lugar algum. Se você não pode fazer desaparecer todos os carros da sua frente no trânsito para chegar a tempo no compromisso, por exemplo, respire fundo, ouça uma música legal, leia o jornal do dia enquanto está parado ou pense em alguém de que gosta. "As pessoas acumulam a raiva sentida em situações irreversíveis porque não desenvolvem esse recurso de autocontrole. É preciso voltar a mente para o que você consegue mudar." Em situações passíveis de mudanças, portanto, é importante transformar a força da raiva em ação e comunicar o seu sentimento para reverter o que incomoda. "Se tem um problema com alguém, encontre a melhor forma de falar. Não precisa fazer escândalo. Fale algo do tipo: 'A sua atitude me fez ficar com raiva'", disse.

A segunda alternativa se manifesta na forma de fúria, o que não é bom para você nem para quem está ao seu lado, porque há uma grande chance de perder o controle da situação.
"A explosão também pode ser causada depois de engolir muitos sapos",

Aliás, há muitas pessoas que "engolem o sapo" o tempo todo e deixam por isso mesmo, retendo o sentimento. "Elas têm dificuldade de expressar a raiva e vivem emburradas e enfezadas. Guardam esse sentimento que pode se transformar numa doença, como gastrite, úlcera, depressão e até infarto", disse Edna.

Isso explica uma pesquisa feita na Southern California University e no Centro Médico Cedars-Sinai, nos Estados Unidos, que mostrou que a raiva pode levar a doenças do coração devido a alterações no fluxo sanguíneo. O principal órgão afetado pela raiva é o fígado, que pode "reclamar" em forma de dor, amargor na boca ou dor de cabeça.


Dicas

A psicóloga dá sugestões para o autoconhecimento e a tentativa de lidar com problema sozinho.

Muitas pessoas, porém, não conseguem e precisam de ajuda profissional.

Na terapia, são aplicadas também técnicas para extravasar a raiva, como gritar, esmurrar um travesseiro e fazer movimentos com braços e pernas.

É importante perceber em que momento esses sintomas aparecem e identificar as situações que interferem nos sentimentos e na saúde.

Para isso, pergunte-se:

1: Se faça é raiva mesmo ou outro sentimento (angústia ou medo).

2: Se há solução para o problema.

3: Se pode crescer com tudo isso.


Fonte: Noticias Terra