quarta-feira, 29 de julho de 2009

A VERDADEIRA CORAGEM


Você saberia definir, com exatidão, o que é coragem?

Muitos, talvez, respondam a esta pergunta fazendo referência a atos impulsivos, impensados, e até mesmo violentos que, não raramente, colocam a vida de alguém em risco.

Quase sempre esta palavra está associada à impetuosidade e à agressividade nos atos, o que leva os indivíduos a resvalarem na precipitação, incapazes de conter ímpetos de violência sob a desculpa de serem corajosos.

Mas, então, qual o real significado desta palavra?

Um dicionário renomado da língua brasileira define coragem como a energia moral perante situações difíceis.

A coragem verdadeira traz, em si, o equilíbrio como base de todas as decisões, de todos os sentimentos, de todas as atitudes.

Dá forças para suportar todas as dificuldades sem derrotismo; mas com o entendimento do que está acontecendo, e, consequentemente, com a possibilidade de buscar a melhor maneira de enfrentar qualquer situação.

Quem é corajoso traz em si a serena confiança nas próprias resistências, não se expondo indevidamente, nem se permitindo os sentimentos inferiores de raiva, ou o desejo de vingança.

Ter autodisciplina exige coragem. A autodisciplina desenvolve verdadeiros tesouros morais que enriquecem o ser humano.

Coragem é conquista conseguida na sucessão das experiências evolutivas, entre variadas dificuldades e sofrimentos, mediante os quais se adquire resistência moral e calma.

É a força moral daqueles que, sendo pobres de haveres materiais, perseveram diante das dificuldades com resignação, sem desistir.

É a força que impele os idealistas que, com convicção, defendem aquilo em que acreditam, e não forçam outros a neles acreditar.

É necessário coragem para que o indivíduo mantenha-se humano, comporte-se de maneira adequada, sofra com dignidade, alegre-se sem exageros.

Pais corajosos educam seus filhos com base em valores morais e éticos.

Filhos corajosos respeitam e amam seus pais, e não se deixam guiar por modismos ou frivolidades.

Famílias corajosas mantêm-se unidas, e seus membros apoiam-se mutuamente nas dificuldades, alegrando-se todos com os sucessos de cada um.

O estudante corajoso valoriza o aprendizado; o mestre corajoso não desiste jamais.

O cidadão corajoso ama sua pátria e respeita as leis vigentes.

O ser humano verdadeiramente corajoso não tem medo de amar. Sim, amar a todos como nosso Mestre Jesus a todos recomendou.

Nada igual à coragem de Jesus que nunca abandonou Suas convicções, mas que, em nenhum momento usou de violência moral ou física para fazer com que Nele acreditassem ou que O seguissem!

Nada igual à coragem de Jesus que a todos amou, entendeu e perdoou, mesmo nos momentos de maior sofrimento!

Momento Espírita

O PERIGO DA IGNORÂNCIA


O verdadeiro diabo não é rabudo nem tem chifres. Não é vermelhinho nem anda com tridente algum. No entanto, espeta como ninguém, principalmente quando usa a auto-culpa das pessoas como meio comum para suas estocadas ocultas.

Não, o verdadeiro diabo não é ostensivo, pelo contrário, é discreto demais, mas é radical em seus propósitos.

Ele age na calada oculta do ego, sempre estimulando as reações extremadas, mesmo aquelas disfarçadas de causas justa, ou aquelas revestidas de aparente raciocínio crítico. Ele gosta dos corações empedernidos no ódio e das mentes ressequidas de orgulho.

O verdadeiro diabo não criou inferno algum, pois ele já o encontrou plasmado dentro das pessoas cheias de medo e culpa. E, para sua própria surpresa, descobriu que o tal inferno não é um lugar, mas um estado de consciência, mantido pelas próprias pessoas. E ainda mais: descobriu que ali não é quente, pelo contrário, é um clima sombrio e frio, sem o calor da luz e sem o viço da alegria.

Pois é, o inferno é um estado de consciência, e o diabo não é uma entidade maléfica à parte do ser humano, nem mesmo um ser criado por Deus.

Não mesmo!

O verdadeiro diabo se chama IGNORÂNCIA, e as pessoas o adoram, principalmente os fundamentalistas de qualquer área, seja religiosa, técnica ou espiritualista, que simplesmente são os seus maiores divulgadores.

Esse é o diabo que precisa ser exorcizado dos homens: a ignorância em qualquer de suas manifestações.


Wagner Borges

quarta-feira, 22 de julho de 2009

DO MEDO PARA O AMOR


Perdemos tanto tempo com coisas sem importância – coisas sem significado fundamental – e, ainda assim, por razões que ninguém parece compreender totalmente, essas coisas dispensáveis permanecem no centro de nossa existência terrena.

Elas não têm conexão com nossas almas de maneira alguma, e, mesmo assim, elas se agarraram ao nosso funcionamento material. Como parasitas espirituais, elas podem devorar nossa força vital e negar nossa alegria. A única maneira de nos livrarmos dos seus efeitos perniciosos é sair de perto... não das coisas que precisam ser feitas, mas dos pensamentos que precisam morrer.

Atravessar a ponte para um mundo melhor começa com atravessar a ponte dentro de nossas mentes, dos padrões mentais viciados de medo e separação, para as percepções iluminadas de unidade e amor. Temos o hábito de pensar de maneira amedrontada, e é preciso disciplina espiritual para mudar isso em um mundo onde o amor é mais suspeito do que o medo.

Para alcançar uma experiência milagrosa de vida, precisamos abraçar uma perspectiva mais espiritual. De outra forma, vamos morrer algum dia sem nunca termos conhecido a verdadeira alegria de viver. Essa alegria emerge da experiência de nosso verdadeiro ser –quando nos libertamos das projeções das outras pessoas sobre nós, quando nos permitimos sonhar nosso mais elevado sonho, quando queremos perdoar a nós mesmos e aos outros, quando queremos lembrar que nascemos com um propósito: amar e ser amados.
Qualquer um que olhe para o estado do mundo de hoje está consciente de que algo radicalmente novo está sendo requerido – em quem somos como espécie e em nosso relacionamento uns com os outros e com a própria Terra. Ainda assim, os fundamentos psicológicos que mantêm esse mundo disfuncional no lugar são como vacas sagradas: temos medo de tocá-los, por temermos que algo ruim vá acontecer conosco se o fizermos. Na verdade, algo ruim vai acontecer conosco se não o fizermos. Chegou a hora da mudança. Chegou a hora de fazer o que sabemos em nossos corações que nascemos para fazer.


Estamos aqui para participar de uma subversão gloriosa das formas-pensamento dominantes do mundo, baseadas no medo.


Existem apenas duas emoções principais: o amor e o medo. E o amor é para o medo o que a luz é para a escuridão: na presença de um, o outro desaparece. Conforme mudamos nossas percepções do medo para o amor – algumas vezes em casos onde isso não é tão difícil, e principalmente em casos onde é preciso mestria espiritual para fazê-lo – nos tornamos os trabalhadores de milagres no sentido mais real. Pois quando nossas mentes se rendem ao amor, eles se rendem ao poder superior. E, à partir disso, todos os milagres se seguem.

“O Dom da Mudança”, Marianne Williamson

terça-feira, 21 de julho de 2009

DESCONSTRUÇÃO DE SÍ E RECONSTRUÇÃO DA PRÓPRIA VIDA


Lute para ser feliz, com todas as armas: a razão, a emoção, a ética, mas, principalmente, a criatividade. Não se entregue a padrões pré-estabelecidos de comportamento, costumes, valores, limites, conceitos. Você pode se recriar, construir uma realidade completamente nova por dentro e por fora de si mesmo, para você e para aqueles que convivem com você.

Se esperar situação ideal, ela não chegará. Se esperar para a aposentadoria, estará velho ou com maiores e mais graves compromissos familiares. Se esperar para as férias, estará esgotado e tenso por ter de abandonar o trabalho. Se aguardar pelo fim de semana, chegará lá um caco humano, pela semana de tensão constante. Assim, agora é o momento para ser feliz, para se sentir bem e encontrar um padrão novo de bem estar e satisfação.

Esqueça a educação que recebeu: deseduque-se, para que possa fazer opções lúcidas sobre o que quer realmente viver, sobre os parâmetros de conduta e de sentimento, de raciocínio e de avaliação das coisas que desejará adotar a partir de hoje. Aprenda a desaprender, a esquecer-se de condicionamentos prévios, descondicionando-se e recondicionando-se em seguida, conforme princípios novos, conscientemente descobertos, inventados ou escolhidos.

Quebre a escravidão do vício, do medo, do desânimo. Comece vida nova, agora mesmo. Não se prenda mais aos grilhões que o prendem à retaguarda. Debele toda forma de escravidão, de servidão, de sujeição moral, mental, espiritual. Deus quer liberdade, plenitude, vida! Você pode seguir e deve, para horizontes mais largos de satisfação, intelecção e espiritualização. Não se limite pelos esquemas pré-estipulados de verdade e moral. Pense no bem seu e de todos, na promoção da vida, da produtividade, da criação, da solidariedade; e, a partir disso, engendre seu próprio código de ética e conduta. Seja aberto, seja livre, para que possa ser digno. Pense no essencial e não no superficial. Não pretenda se submeter a costumes, a conveniências, a aparências. Fixe-se no fundamental: a coerência consigo mesmo, sua autenticidade, sua felicidade. Sobre este alicerce, tudo mais poderá ser edificado com segurança, solidez e durabilidade.

Por fim, lembre-se de Deus, o conceito acima de todas as concepções humanas, a realidade que transcende a todas as idéias, a verdade que supera toda a moral ou pretensão humana de superioridade. Pense n’Ele e medite em torno de sua grandeza absoluta, invoncando-Lhe a Presença Soberana, com Sua Perfeita Providência e Infinito Amor. Colocando-se à Sua disposição e pedindo-Lhe ser a Ele conectado. Procurando alinhar-se com os fluxos de Seus sempre justíssimos e benéficos desígnios, estará potencializando os acertos em sua vida, abreviando dores e crises de mudança, evitando deslizes e desvios de rota, e, por fim, estará se capacitando a um nível de excelência, paz e bem-aventurança que nunca imaginou possível em toda sua vida.

É hora de rasgar novas fronteiras de plenitude, de vida. É hora de desvirginar a mente e a alma para novas expressões, mais profundas, abrangentes, genuínas e satisfatórias de vivência e realização. É hora de concretizar a sua potência suspensa, de fazer germinar as sementes de possibilidades infinitas que jazem adormecidas no imo de si. É hora de encontrar-se consigo em profundidade e dizer, para si, cheio de alegria e doce tensão, na expectativa do imprevisível, da transformação e da realização: “Ei, desconhecido interessante! Quero conhecê-lo e vivê-lo mais, bem além das aparências mesquinhas e da superfície grosseira que toquei, até hoje. Quero vivê-lo com ousadia e sem medos, sem limites e sem escrúpulos exagerados (irmãos da procrastinação, da covardia e da preguiça) e, nesse mundo de incertezas numerosas e inextricáveis, encontrá-lo, cada vez mais novo e diferente, uma camada do Si a mais descoberta a cada dia, até a definitiva descoberta de que você… cara enigmático do espelho… pode ser tudo que quiser, ao infinito, ao avesso e no anverso, de trás para frente, nesta e n’outras dimensões, nesta existência ou em futuras vidas, debaixo de Deus e ante a humanidade, diante si próprio e de seu destino… Você… cara do espelho… desconhecido eu… desconhecido deus… gigante adormecido, fera indomada, mas, acima de tudo… amado… de mim mesmo, para sempre…


Benjamin Teixeira
pelo espírito Egberto de Alexandria
(Texto recebido em 10 de fevereiro de 2003.)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

POR QUE EVITAR O NÃO


A linguagem tem por objetivo a comunicação entre os seres humanos, portanto quanto mais precisa for a linguagem, melhor será o resultado de nossa comunicação.
O que é a palavra não? Uma abstração. O "não", por si só, não diz nada, logo o cérebro se fixa no que vem depois do "não".
Nossas mentes para saber em que não pensar, precisam primeiro pensar.
Não pense em um balão azul.
Pense em um balão azul.
Analise as duas frases acima. Em que você pensou quando leu uma e leu outra?
Na mesma coisa, em um balão azul.
Assim sendo, quando queremos obter um resultado, o melhor é nos referirmos ao que queremos, por exemplo:
Em caso de incêndio use a escada.
É muito comum encontrarmos em muitos prédios: "Em caso de incêndio não use o elevador".
Principalmente numa situação de pânico, é muito mais difícil e demorado pensar primeiro no que não fazer para depois pensar no que fazer. A linguagem mais rápida e que obtém melhores resultados é a linguagem afirmativa; dizer o que deve ser feito.

O uso de uma linguagem negativa provoca o comportamento que se quer evitar.

É muito comum encontrarmos nos caixas eletrônicos um adesivo em que está escrito:
Não se esqueça de retirar o cartão.
E, também, é muito comum encontrarmos os cartões esquecidos no caixa eletrônico. Se a linguagem do adesivo for mudada, será mais fácil atingir o objetivo:
Lembre-se de retirar o cartão.
Nos shoppings onde o estacionamento é pago, encontramos cartazes espalhados em todo o shopping, dizendo: Não se esqueça de validar o ticket de estacionamento. E estamos sempre encontrando pessoas voltando do estacionamento que fizeram o que? Esqueceram de validar o cartão.
O adequado é: Lembre de validar o ticket de estacionamento.
Você já teve, provavelmente, a experiência de pensar em "Não posso esquecer de ......." e obter o resultado de esquecer exatamente aquilo que na realidade você queria lembrar.

Qual o resultado que a campanha "Não use drogas" vem obtendo?
O consumo de drogas vem aumentando ano após ano. Além da palavra não, quanto mais a palavra droga é utilizada, mais é repetida, mais ela é reforçada e lembrada, levando muitos adolescentes a ficar cada vez mais curiosos a respeito, pois é por ser tão falada eles decidem experimentá-la.
Há pouco tempo foi veiculada na televisão uma campanha "se beber, não dirija.
Você não acha que seria mais adequado dizer:
Se beber álcool, chame um táxi ou peça uma carona.
O foco de uma campanha deve estar no objetivo a ser alcançado e colocado em linguagem afirmativa.
Em vez de uma campanha pela não violência, é muito mais eficaz uma Campanha pela Paz, como a que motivou a população na semana passada. A não violência, na realidade nos trás à mente imagens e situações de violência, que queremos evitar; e afasta as pessoas em vez de motivá-las. E, ainda, faz com que pensemos em violência em vez de paz.
Nunca, evite, e outras negativas, tem o mesmo efeito que um não.
Nunca tranque o cruzamento, evite trancar o cruzamento ou não tranque o cruzamento fazem-nos pensar na mesma coisa: trancar o cruzamento.
Deixe o cruzamento livre, é a linguagem afirmativa, objetiva e eficaz.

Você diria a alguém:
"Pinte esta parede de não azul". (qualquer cor, menos azul?)
Ou, "Não pinte esta parede de azul". (não é para pintar, ou não de azul? ou de que cor?)

Exemplos com crianças:
Não mexa nisto, melhor, vá brincar com aquilo.
Cuidado para não cair olhe o degrau, preste atenção na escada.
Em algumas situações é muito adequado usar o não:
Você não precisa comer toda a comida que está no prato. (Se você quer que a criança coma toda a comida).
Você não precisa ir estudar agora. (Se você quer que vá estudar agora).
São situações em que desejamos que a pessoa faça o que estamos dizendo que não

Todos nós conhecemos pais, gerentes e outras pessoas que, querendo ajudar, nos dizem e aos outros o que não fazer. O que fazem, de forma inconsciente, é chamar nossa atenção exatamente para o que não queriam que fizéssemos. "Não se preocupe.", "Não entre em pânico", "Não fique aborrecido", "Não acho que você seja chato". Usar a linguagem negativa consigo mesmo é algo que a maioria das pessoas faz. "Não vou pensar mais nisso" e continuamos pensando, "Evite comer doces se quer emagrecer", só para citar alguns exemplos. Existe a tendência a pensar no que não queremos fazer e, em seguida, muitas vezes, começar a fazê-lo.
Em vez de dizer o que não queremos, podemos dizer o que queremos. Tente isto. Pense em uma frase negativa que você vem dizendo a si mesmo e experimente transformá-la em afirmativa, agora.
Em vez de dizer "Não quero comer doces" ou "Não quero engordar", tente dizer, "Quero comer comidas saudáveis" ou "Quero emagrecer". Isso não só é mais agradável como, na verdade, reorienta a sua mente e prepara você para um número maior de realizações desejadas, focalizando as coisas positivas que quer que aconteça.
Se você aplicar isto na sua vida, em breve vai começar a obter os resultados que deseja.

Alguns exemplos para o dia a dia:
(coloque em local visível até se habituar com o uso)

Em vez de: / USE:
Não pense em... / Pense em...
Em caso de incêndio não use o elevador / Em caso de incêndio use a escada.
Não se preocupe. / Fique tranqüilo
Não se aborreça. / Esqueça
Não esqueça o seu cartão / Lembre de retirar o cartão

Não se esqueça de validar o ticket de estacionamento / Lembre de validar o ticket de estacionamento
Se beber álcool, não dirija. / Se beber álcool chame um táxi.
Nunca tranque o cruzamento. / Deixe o cruzamento livre.
Evite trancar o cruzamento. / Deixe o cruzamento livre.
Não se preocupe. / Fique tranqüilo.
Não entre em pânico. / Fique calmo.
Não se aborreça. / Esqueça, deixe passar.
Não fique aborrecido. / Pense em algo agradável.
Não quero comer doces./ Quero comer comidas saudáveis.
Não quero comer comidas gordurosas. / Quero comer frutas e verduras.
Não quero engordar. / Quero emagrecer.
Quero perder peso. / Quero atingir o meu peso ideal.
Não pinte esta parede de azul. / Pinte esta parede verde.
Não quero perder tempo. / Quero aproveitar bem o tempo.
Não quero perder tempo com isso. / Quero usar o menor tempo possível.....
Não quero me atrasar. / Quero chegar no horário.
Meu filho, não mexa nisso. / Meu filho, vá brincar com...
Meu filho, não mexa nisso. / Meu filho, pode mexer e brincar com....
Não suba na cadeira. / Por favor, sente na cadeira.
Não suba na cadeira. / Subir na cadeira é perigoso...
Cuidado para não derramar o copo. / Preste atenção no copo, tome cuidado.
É proibida a entrada de menores de ... / Só é permitida a entrada de maiores de...
Não pise na grama / Use os passeios para caminhar
Não fume / Mantenha o ar limpo
Proibido fumar / Use o fumódromo para fumar
Não coloque o papel no vaso / Coloque o papel no cesto ao lado

terça-feira, 14 de julho de 2009

COMO CONVIVER COM OS OUTROS



A ciência mais difícil que até hoje encontramos foi a de viver em conjunto, e o mais interessante é que precisamos desse intercâmbio para viver. A lei nos condicionou a essas necessidades biológicas e espirituais.

A própria vida perde o sentido se nos isolarmos das criaturas. Elas têm algo que não possuímos e nós doamos a elas certos estímulos que a natureza lhes negou. Vemos nisto a presença de Deus, levando-nos ao amor de uns para com os outros. E assim aprendemos a amar por Amor.

A sociedade cada vez mais se aprimora, desde quando seus membros passam a se respeitar mutuamente, entrosando as qualidades e desfrutando da fraternidade na convivência. A sociedade é, pois, a flor do aprimoramento humano. No entanto, essa sociedade não pode existir sem o lar. Ela se desarmoniza se deixar de existir a família, que é o sustentáculo da harmonia que pode ser desfrutada pelos homens, em todos os rumos dos seus objetivos.

Se queres paz em teu lar, começa a respeitar os direitos dos que convivem contigo. Se romperes a linha divisória dos direitos alheios, afrontarás a tua própria paz.
Quem somente impõe suas idéias, passa a ser joguete dos pensamentos dos outros, às vezes, sem perceber. Estuda a natureza humana, pelos livros e pela observação, que a experiência te dirá os caminhos a tomar e a conduta a ser seguida. Vê como falas a quem te ouve e como ouves a quem te fala e, neste auto-aprendizado, as lições serão guardadas em lugares de que a vida sabe cuidar.

Não gastes teu tempo em palavras que desagradam, nem em horas de silêncio que desapontam. Procura usar as oportunidades no bom senso que equilibra a alma.
Procura conversar com os outros na altura que eles já atingiram. Isso não é disfarce, é respeito às sensibilidades, é sentir-te irmão de todos em todas as faixas da vida. Ao encontrares uma criança, não passas a ser outra para que ela te entenda? Assim deves fazer nas dimensões da vida humana em que te encontras.
A felicidade depende da compreensão, que gera Caridade, que gera Amor.

Conviver com os outros é, realmente, uma grande ciência, é a ciência da vida. Fomos feitos para viver em sociedade. Se recusarmos, atrofiamo-nos e disso temos provas observando as plantas que frutificam mais em conjunto; as pedras, que dão mais segurança quando amontoadas, e os animais, que sempre andam em convivência. Tudo se une para a maior grandeza da criação.

Essas lições não são somente para os encarnados. Os espíritos, na erraticidade, igualmente obedecem a essa grande regra de viver bem. Nós nos unimos em todas as faixas a que pertencemos, no entusiasmo do bem, que nos dá a vida. Aprendamos, pois, a conviver, a entender e respeitar os nossos irmãos que trabalham e vivem conosco, que tudo passará a ser, para nós, motivo de felicidade, onde enxergaremos somente o Amor.

Contrariar as leis que nos congregam é desagregar a nossa própria paz. E para aprender a viver bem com os outros, necessário se faz que nos eduquemos em todos os sentidos, que nos aprimoremos em todas as virtudes. Sem esse trabalho interior, será difícil alcançar a paz imperturbável no reino do coração.


Do Livro Cirurgia Moral, escrito pelo médium João Nunes Maia
e ditado pelo espírito Lancellin.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

NOSSAS DORES


Reparemos em nossas dores.

Já se perguntou o motivo delas?

O porquê a dor insiste em voltar tirando o nosso equilíbrio emocional?

Sabe de uma coisa!
Nós é que insistimos em buscá-las por não mudarmos nossa conduta, o que nos faz sofrer constantemente por vícios antigos e ainda atuais.

Sempre ouvimos ou lemos, de maneira satisfatória, mensagens de mudança interior do eu, porém muitas das vezes, permanecemos na preguiça de encarar a nós mesmos, criando com isso, dificuldades da própria superação.

Portanto, sejamos realistas e paremos de esconder de nós as nossas fraquezas, pois o reconhecimento delas é o primeiro passo para um enfrentamento real, sem desculpas e medos.

Ninguém pode dizer melhor quais são os nossos erros e defeitos, do que nós mesmos, pois tudo que precisamos foi inserido por Deus em nossas consciências.

Julio Amandia

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A INCONSISTÊNCIA DAS MAGIAS DO AMOR


Por mais positiva que possa ser alguma coisa, ela em excesso se torna negativa.

O amor é necessário, porém em excesso se torna obsessão.

A crença religiosa é necessária, porém em excesso se traduz como fanatismo.

Sendo assim, a bipolaridade é uma constatação, pois coisas, atitudes, entre outras, possuem seus lados positivo e negativo. Um bisturi é utilizado positivamente quando serve para a realização de cirurgias curativas, porém é mal utilizado quando é o instrumento de um crime.

Tal situação não é diferente quando vocês utilizam mecanismos da chamada magia. Esta é necessária quando usada na cura, na transmutação das imperfeições e das negatividades, ou como instrumento de defesa psíquica. Porém, também pode ser usada para o mal, na tentativa de prejudicar outras pessoas ou lhes inibir o livre arbítrio.

Desejo aqui me prender à questão do livre arbítrio, tendo em vista que tem aumentado consideravelmente o número de irmãos que utilizam práticas condenáveis, quanto ao livre arbítrio de terceiros.

Uma dessas práticas é a chamada magia de amor. Através dela, alguns irmãos trabalham para conquistar a afeição de outros, acreditando assim estarem gerando um benefício para ambos, seja em interesse próprio ou não.

Esse tipo de magia, também denominada de magia vermelha, é uma das maiores agressões que se comete ao livre arbítrio de alguém e, por isso, deve ser condenada de forma veemente.

Quem a realiza, acredita estar conquistando o coração de alguém, ou mesmo promovendo a união ou a separação afetiva de terceiros. Mas lhes pergunto, como essa conquista ou união pode ser positiva, se ao menos uma das partes não decidiu livremente sobre ela? Qual a validade disso, ou mesmo a durabilidade?

A tendência nesses casos é uma relação pseudofeliz, com contornos puramente artificiais, marcada pela efemeridade. Ela se desgasta rapidamente, levando os parceiros ao cansaço, advindo conflitos e desavenças. Portanto, é uma ilusão temporária. E quando se desperta dessa ilusão, muitas vezes se faz em momentos não propícios, quando crises ocorrem no lado profissional, ou mesmo envolvendo filhos ainda crianças.

O que no início parecia um grande sentimento de amor, surge na verdade como uma doentia obsessão, que culmina invariavelmente com eventos traumáticos.

Esse fato ainda se agrava quando, para manter a relação, são realizados novos trabalhos de reforço da magia vermelha, o que pode causar, além de novos karmas no lado espiritual, sérias enfermidades em algum dos parceiros no plano físico. Pois a vibração que receber estará lhe comprometendo o organismo e, por ser negativa, lhe despertando interesses mundanos, como obsessão sexual, tendência a jogos de azar, descontrole quanto ao ego, compulsões variadas, envolvimentos financeiros ilícitos, entre outras imperfeições. Negatividades latentes no corpo etéreo, mas que não haviam ainda sido manifestadas.

Mas isso não é tudo. Para a realização desses trabalhos de magia de amor, recorre-se a forças espirituais. E posso lhes garantir que nenhuma entidade espiritual elucidada e de luz compartilhará dessa atividade. Abrindo, assim, caminho, para que espíritos sem luz possam ser os tutores da magia vermelha.

Esses irmãos, ainda vivendo em umbrais sem luz, operam estritamente ligados à matéria. Dessa forma, são incentivadores de prazeres e desvios carnais, dando o mal de graça e vendendo o que consideram ser o bem. Tão logo atendem pedidos sobre a magia vermelha, cercam quem os pediu, vibrando para que essa pessoa entre em sintonia com eles, incentivando a realização de práticas que lhes proporcionem satisfação vibracional, principalmente o desvario sexual e o alcoolismo. É a cobrança pelo que fizeram.

Portanto, entendam que a magia vermelha não é apenas uma simples interferência no livre arbítrio alheio. Ela também desencadeia inúmeras conseqüências para as pessoas com ela envolvidas. Desde problemas psíquicos, até doenças físicas, tendo como fundamento fatores espirituais. Que se não forem tratados a tempo, podem ser estigmatizados para encarnações subseqüentes.

Quando quiserem conquistar um grande amor, tenham em mente que nunca serão felizes pela magia vermelha. Um grande amor pode ser conquistado sim, mas através da autoestima. No momento que se preocuparem em transmutar as negatividades, praticarem a caridade e tiverem bons pensamentos. Farão com que suas auras se iluminem, revelando a bondade e a beleza de seus espíritos, atraindo parceiros com os mesmos sentimentos. E então encontrarão a resposta para a pergunta que fazem muitas vezes. O porquê, de pessoas tão bonitas fisicamente sentirem atração por outras nem tanto. Pois aí pode estar o verdadeiro amor, que respeita o livre arbítrio e tem como fundamento básico os sentimentos equilibrados, e não os obsessivos.


Mensagem psicografada por Hur-Than de Shidha,
publicada no livro "O AMPARO DO ALTO

sábado, 4 de julho de 2009

A DIFÍCIL ARTE DE DIZER NÃO AOS FILHOS


Você costuma dizer "não" aos seus filhos?

Considera fácil negar alguma coisa a essas criaturinhas encantadoras e de rostos angelicais que pedem com tanta doçura?

Uma conhecida educadora do nosso País alerta que não é fácil dizer não aos filhos, principalmente quando temos os recursos para atendê-los.

Afinal, nos perguntamos, o que representa um carrinho a mais, um brinquedo novo se temos dinheiro necessário para comprar o que querem? Por que não satisfaze-los?

Se podemos sair de casa escondidos para evitar que chorem, por que provocar lágrimas?

Se lhe dá tanto prazer comer todos os bombons da caixa, por que faze-lo pensar nos outros?

E, além do mais, é tão fácil e mais agradável sermos "bonzinhos"...

O problema é que ser pai é muito mais que apenas ser "bonzinho" com os filhos. Ser pai é ter uma função e responsabilidade sociais perante os filhos e perante a sociedade em que vivemos.

Portanto, quando decidimos negar um carrinho a um filho, mesmo podendo comprar, ou sofrendo por lhe dizer "não", porque ele já tem outros dez ou vinte, estamos ensinando-o que existe um limite para o ter.

Estamos, indiretamente, valorizando o ser.

Mas quando atendemos a todos os pedidos, estamos dando lições de dominação, colaborando para que a criança aprenda, com nosso próprio exemplo, o que queremos que ela seja na vida: uma pessoa que não aceita limites e que não respeita o outro enquanto indivíduo.

Temos que convir que, para ter tudo na vida, quando adulto, ele fatalmente terá que ser extremamente competitivo e provavelmente com muita "flexibilidade" ética, para não dizer desonesto.

Caso contrário, como conseguir tudo? Como aceitar qualquer derrota, qualquer "não" se nunca lhe fizeram crer que isso é possível e até normal?

Não se defende a idéia de que se crie um ser acomodado sem ambições e derrotista. De forma alguma. É o equilíbrio que precisa existir: o reconhecimento realista de que, na vida às vezes se ganha, e, em outras, se perde.

Para fazer com que um indivíduo seja um lutador, um ganhador, é preciso que desde logo ele aprenda a lutar pelo que deseja sim, mas com suas próprias armas e recursos, e não fazendo-o acreditar que alguém lhe dará tudo, sempre, e de "mão beijada"

Satisfazer as necessidades dos filhos é uma obrigação dos pais, mas é preciso distinguir claramente o que são necessidades do que é apenas consumismo caprichoso.

Estabelecer limites para os filhos, é necessário e saudável.

Nunca se ouviu falar que crianças tenham adoecido porque lhes foi negado um brinquedo novo ou outra coisa qualquer. Mas já se teve notícias de pequenos delinqüentes que se tornaram agressivos quando ouviram o primeiro não, fora de casa.

Por essa razão, se você ama seu filho, vale a pena pensar na importância de aprender a difícil arte de dizer não.

Vale a pena pensar na importância de educar e preparar os filhos para enfrentar tempos difíceis, mesmo que eles nunca cheguem.

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O esforço pela educação não pode ser desconsiderado.

Todos temos responsabilidades no contexto da vida, nas realizações humanas, nas atividades sociais, membros que somos da família universal.

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FONTE: (O livro "Repositório de Sabedoria" vol I, Educação)