quarta-feira, 2 de junho de 2010

TIRE PROVEITO DO LADO BOM DA RAIVA

A raiva não parece nada positiva quando a gente se depara com uma pessoa descontrolada ou quando o sentimento chega e a vontade é sair batendo no primeiro que estiver pela frente.

Mas, acredite, esse movimento pode ser transformado em força e usado para o seu bem.

Portanto, da próxima vez que você ficar bravo, pare e pense antes de qualquer reação.

Isso pode valer a sua saúde.

Se a raiva surgir por motivos corretos, ficar bravo pode ser bom para solucionar problemas, agir com rapidez ou produzir mais. "Ela nos torna muito produtivos", disse a psicóloga. Mas isso acontece quando se sabe lidar com esse sentimento, fazendo com que toda a energia provocada por ele se transforme em força motriz para resolver o problema de forma controlada, sem explosões de fúria. Afinal, atitudes intempestivas tiram a razão de qualquer um.


Em primeiro lugar, a raiva está longe de ser algo sem função, que deve ser combatido. É um sinal e visa proteger as pessoas. No embate do certo e errado no dia a dia, a raiva avisa que algo está errado e é preciso reagir. "É o sentimento da força e da ação, como um motor", disse a psicóloga e consultora organizacional Edna Peracini.


Lidar com o problema

Se a raiva se manifesta por razões pelas quais não se tem controle, é improdutiva. Se diante de um problema você começa a ficar irritado, seu sangue é bombeado mais rápido, fica vermelho, com as mãos umedecidas e o punho cerrado, você está com raiva. Há três modos de lidar com a situação, que determinam se ela pode ser boa para você: controlá-la, expressá-la ou retê-la.

No primeiro caso, a psicóloga ensina que ficar com raiva de situações que não se pode mudar não leva a lugar algum. Se você não pode fazer desaparecer todos os carros da sua frente no trânsito para chegar a tempo no compromisso, por exemplo, respire fundo, ouça uma música legal, leia o jornal do dia enquanto está parado ou pense em alguém de que gosta. "As pessoas acumulam a raiva sentida em situações irreversíveis porque não desenvolvem esse recurso de autocontrole. É preciso voltar a mente para o que você consegue mudar." Em situações passíveis de mudanças, portanto, é importante transformar a força da raiva em ação e comunicar o seu sentimento para reverter o que incomoda. "Se tem um problema com alguém, encontre a melhor forma de falar. Não precisa fazer escândalo. Fale algo do tipo: 'A sua atitude me fez ficar com raiva'", disse.

A segunda alternativa se manifesta na forma de fúria, o que não é bom para você nem para quem está ao seu lado, porque há uma grande chance de perder o controle da situação.
"A explosão também pode ser causada depois de engolir muitos sapos",

Aliás, há muitas pessoas que "engolem o sapo" o tempo todo e deixam por isso mesmo, retendo o sentimento. "Elas têm dificuldade de expressar a raiva e vivem emburradas e enfezadas. Guardam esse sentimento que pode se transformar numa doença, como gastrite, úlcera, depressão e até infarto", disse Edna.

Isso explica uma pesquisa feita na Southern California University e no Centro Médico Cedars-Sinai, nos Estados Unidos, que mostrou que a raiva pode levar a doenças do coração devido a alterações no fluxo sanguíneo. O principal órgão afetado pela raiva é o fígado, que pode "reclamar" em forma de dor, amargor na boca ou dor de cabeça.


Dicas

A psicóloga dá sugestões para o autoconhecimento e a tentativa de lidar com problema sozinho.

Muitas pessoas, porém, não conseguem e precisam de ajuda profissional.

Na terapia, são aplicadas também técnicas para extravasar a raiva, como gritar, esmurrar um travesseiro e fazer movimentos com braços e pernas.

É importante perceber em que momento esses sintomas aparecem e identificar as situações que interferem nos sentimentos e na saúde.

Para isso, pergunte-se:

1: Se faça é raiva mesmo ou outro sentimento (angústia ou medo).

2: Se há solução para o problema.

3: Se pode crescer com tudo isso.


Fonte: Noticias Terra

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