sábado, 30 de junho de 2012

DIAS DIFÍCEIS



Há dias que parecem não ter sido feitos para ti.
Amontoam-se tantas dificuldades, inúmeras frustrações e incontáveis aborrecimentos, que chegas a pensar que conduzes o globo do mundo sobre os ombros dilacerados.

Desde cedo, ao te ergueres do leito, pela manhã, encontras a indisposição moral do companheiro ou da companheira, que te arremessa todos os espinhos que o mau humor conseguiu acumular ao longo da noite.
Sentes o travo do fel despejado em tua alma, mas crês que tudo se modificará nos momentos seguintes.

Sais à rua, para atender a esse ou àquele compromisso cotidiano, e te defrontas com a agrestia de muitos que manejam veículos nas vias públicas e que os convertem em armas contra os outros; constatas o azedume do funcionário ou do balconista que te atende mal, ou vês o cinismo de negociantes que anseiam por te entregar produtos de má qualidade a preços exorbitantes, supondo-te imbecil. Mesmo assim, admites que, logo, tudo se alterará, melhorando as situações em torno.
Encontras-te com familiares ou pessoas amigas que te derramam sobre a mente todo o quadro dos problemas e tragédias que vivenciam, numa enxurrada de tormentos, perturbando a tua harmonia ainda frágil, embora não te permitam desabafar as tuas angústias, teus dramas ou tuas mágoas represadas na alma. Em tais circunstâncias, pensas que deves aguardar que essas pessoas se resolvam com a vida até um novo encontro.

São esses os dias em que as palavras que dizes recebem negativa interpretação, o carinho que ofereces é mal visto, tua simpatia parece mero interesse, tuas reservas são vistas como soberba ou má vontade. Se falas, ou se calas, desagradas.
Em dias assim, ainda quando te esforces por entender tudo e a todos, sofres muito e a costumeira tendência, nessas ocasiões, é a da vitimação automática, quando se passa a desenvolver sentimentos de autopiedade.

No entanto, esses dias infelizes pedem-nos vigilância e prece fervorosa, para que não nos percamos nesses cipoais de pensamentos, de sentimentos e de atitudes perturbadores.
São dias de avaliação, de testes impostos pelas regentes leis da vida terrena, desejosas de que te observes e verifiques tuas ações e reações à frente das mais diversas situações da existência.




Quando perceberes que muita coisa à tua volta passa a emitir um som desarmônico aos teus ouvidos; se notares que escolhendo direito ou esquerdo não escapas da ácida crítica, o teu dever será o de te ajustares ao bom senso. Instrui-te com as situações e acumula o aprendizado das horas, passando a observar bem melhor as circunstâncias que te cercam, para que melhor entendas, para que, enfim, evoluas.

Não te olvides de que ouvimos a voz do Mestre Nazareno, há distanciados dois milênios, a dizer-nos: No mundo só tereis aflições...

Conhecedores dessa realidade, abrindo a alma para compreender que a cada dia basta o seu mal..., tratarás de te recompor, caso tenhas te deixado ferir por tantos petardos, quando o ideal teria sido agir como o bambuzal diante da ventania. Curvar-se, deixar passar o vendaval, a fim de te reergueres com tranqüilidade, passado o momento difícil.

Há, de fato, dias difíceis, duros, caracterizando o teu estádio de provações indispensáveis ao teu processo de evolução. A ti, porém, caberá erguer a fronte buscando o rumo das estrelas formosas, que ao longe brilham, e agradecer a Deus por poderes afrontar tantos e difíceis desafios, mantendo-te firme, mesmo assim.

Nos dias difíceis da tua existência, procura não te entregares ao pessimismo, nem ao lodo do derrotismo, evitando alimentar todo e qualquer sentimento de culpa, que te inspirariam o abandono dos teus compromissos, o que seria teu gesto mais infeliz.

Põe-te de pé, perante quaisquer obstáculos, e sê fiel aos teus labores, aos deveres de aprender, servir e crescer, que te trouxeram novamente ao mundo terrestre.
Se lograres a superação suspirada, nesses dias sombrios para ti, terás vencido mais um embate no rol dos muitos combates que compõem a pauta da guerra em que a Terra se encontra engolfada.

Confia na ação e no poder da luz, que o Cristo representa, e segue com entusiasmo para a conquista de ti mesmo, guardando-te em equilíbrio, seja qual for ou como for cada um dos teus dias.
Sentes o travo do fel despejado em tua alma, mas crês que tudo se modificará nos momentos seguintes.



Sais à rua, para atender a esse ou àquele compromisso cotidiano, e te defrontas com a agrestia de muitos que manejam veículos nas vias públicas e que os convertem em armas contra os outros; constatas o azedume do funcionário ou do balconista que te atende mal, ou vês o cinismo de negociantes que anseiam por te entregar produtos de má qualidade a preços exorbitantes, supondo-te imbecil. Mesmo assim, admites que, logo, tudo se alterará, melhorando as situações em torno.

Encontras-te com familiares ou pessoas amigas que te derramam sobre a mente todo o quadro dos problemas e tragédias que vivenciam, numa enxurrada de tormentos, perturbando a tua harmonia ainda frágil, embora não te permitam desabafar as tuas angústias, teus dramas ou tuas mágoas represadas na alma. Em tais circunstâncias, pensas que deves aguardar que essas pessoas se resolvam com a vida até um novo encontro.

São esses os dias em que as palavras que dizes recebem negativa interpretação, o carinho que ofereces é mal visto, tua simpatia parece mero interesse, tuas reservas são vistas como soberba ou má vontade. Se falas, ou se calas, desagradas.
Em dias assim, ainda quando te esforces por entender tudo e a todos, sofres muito e a costumeira tendência, nessas ocasiões, é a da vitimação automática, quando se passa a desenvolver sentimentos de autopiedade.

No entanto, esses dias infelizes pedem-nos vigilância e prece fervorosa, para que não nos percamos nesses cipoais de pensamentos, de sentimentos e de atitudes perturbadores.
São dias de avaliação, de testes impostos pelas regentes leis da vida terrena, desejosas de que te observes e verifiques tuas ações e reações à frente das mais diversas situações da existência.

Quando perceberes que muita coisa à tua volta passa a emitir um som desarmônico aos teus ouvidos; se notares que escolhendo direito ou esquerdo não escapas da ácida crítica, o teu dever será o de te ajustares ao bom senso. Instrui-te com as situações e acumula o aprendizado das horas, passando a observar bem melhor as circunstâncias que te cercam, para que melhor entendas, para que, enfim, evoluas.

Não te olvides de que ouvimos a voz do Mestre Nazareno, há distanciados dois milênios, a dizer-nos: No mundo só tereis aflições...

Conhecedores dessa realidade, abrindo a alma para compreender que a cada dia basta o seu mal..., tratarás de te recompor, caso tenhas te deixado ferir por tantos petardos, quando o ideal teria sido agir como o bambuzal diante da ventania. Curvar-se, deixar passar o vendaval, a fim de te reergueres com tranqüilidade, passado o momento difícil.

Há, de fato, dias difíceis, duros, caracterizando o teu estádio de provações indispensáveis ao teu processo de evolução. A ti, porém, caberá erguer a fronte buscando o rumo das estrelas formosas, que ao longe brilham, e agradecer a Deus por poderes afrontar tantos e difíceis desafios, mantendo-te firme, mesmo assim.



Nos dias difíceis da tua existência, procura não te entregares ao pessimismo, nem ao lodo do derrotismo, evitando alimentar todo e qualquer sentimento de culpa, que te inspirariam o abandono dos teus compromissos, o que seria teu gesto mais infeliz.

Põe-te de pé, perante quaisquer obstáculos, e sê fiel aos teus labores, aos deveres de aprender, servir e crescer, que te trouxeram novamente ao mundo terrestre.
Se lograres a superação suspirada, nesses dias sombrios para ti, terás vencido mais um embate no rol dos muitos combates que compõem a pauta da guerra em que a Terra se encontra engolfada.


Confia na ação e no poder da luz, que o Cristo representa, e segue com entusiasmo para a conquista de ti mesmo, guardando-te em equilíbrio, seja qual for ou como for cada um dos teus dias.

Raul Teixeira/Camilo

sexta-feira, 15 de junho de 2012

A FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE


A personalidade é a identidade individualizada de cada pessoa. Um tipo de “DNA” emocional cuja impressão não possui um registro revelado e sua composição é determinada por uma vastidão de elementos. Oficialmente, reconhecido pela academia, a personalidade é estruturada em dois eixos fundamentais que traçam o perfil personalizado das pessoas: o temperamento e o caráter.

O temperamento, como a própria raiz da palavra indica, dá ao sujeito o tempero inato para as respostas provocadas pelos estímulos internos e do meio ambiente. Sua etiologia é eminentemente orgânica e seu funcionamento deriva de uma combinação herdada, geneticamente, de neurotransmissores que atuam ativamente na forma de interação consigo, com o outro e com o meio ambiente. Tendo uma formação biológica, o temperamento não é modificado, apenas pode ser controlado artificialmente quando assim se fizer necessário.


Já o caráter é apreendido. A repetição ao estímulo provoca, primitivamente, um processo de aprendizagem e de condicionamento, formas rudimentares utilizadas nos primeiros anos de vida. Caráter é o conjunto de características que o indivíduo internaliza ao longo de seu desenvolvimento. Os primeiros anos de vida consolidam uma matriz ampla e genérica desses traços e a continuidade ao longo dos anos agrega novas informações e valores. Através do caráter aprendemos sobre os componentes afetivos, o amor e a proximidade com as demais pessoas. Posteriormente, ocorre o treino do controle, do descontrole, da autonomia e da dependência, da socialização ou da introspecção e finaliza-se essa matriz com a identificação dos papéis relacionados ao gênero masculino e feminino.


Os requintes pertinentes à personalidade acontecem, também, através da educação oferecida pelos tutores. A memória cultural, incutida em cada família, cada pai e mãe, é repassada às novas gerações, estabelecendo uma repetição de padrões, costumes, crenças e condicionamentos que operam na maneira de reger padrões de comportamento na sociedade. Há uma disseminação daquilo que é considerado adequado e apropriado para o bem estar da coletividade. Uma formação de senso comum, atuando com o papel de maestro que rege e orquestra um suposto bem estar para as civilizações.

Os grupos de pesquisa científica ainda não oportunizaram a abertura para que novos elementos elucidem as lacunas encontradas nas personalidades humanas. Afinal, nem tudo é compreendido plenamente, assim como muitos questionamentos obtém respostas evasivas para suas justificativas. Citaria, como um exemplo recente, o comportamento da esposa que mata e esquarteja o marido, ocultando o cadáver por motivação vil e inconsistente. Na verdade, poderia descrever dezenas de linhas com fatos presenciados em nossa sociedade, cuja análise e a explicação, por mais contundentes, mantêm-se torpes e inacabadas.

Existe sim, e isso é factual, uma memória dos clãs, ou seja, uma aculturação dos padrões familiares que se propagam por séculos e gerações que repetem suas sagas. Um estudo interessante, de foco amplo e minúcias intrínsecas ricas e explicativas para os processos consequências existentes na vida das pessoas e de suas famílias. Um agrupamento sintonizado e emparelhado que carrega um traço, um perfil ou determinada característica através de proles repetidas.


Outro componente para a personalidade é o “dèjá vu”, ou as impressões de repetição. Já estive já conheci, já passei por isso, enfim, todos os jás que assolam as cabeças pensantes que vagam por ai. Refiro-me a belíssima iniciativa que alguns centros de pesquisa estão tendo para pesquisar uma suposta realidade espiritual sobre a vida das pessoas, como USP, UNICAMP e algumas outras espalhadas pelo mundo.


Não oficialização, nem reconhecimento dos fatos transpessoais. Por enquanto existe a fé apenas. Entretanto, não se pode mais negligenciar e afastar as possibilidades do deslocamento da alma em tempo e espaço e a eternidade da alma e seu solo fértil, multiplicando a ocorrência de personalidades variadas em cada uma das passagens. A física, a Medicina, a Psicologia assim como outras áreas do saber, relaciona-se com tais experiências e, acima de tudo, a população em geral grita pelo entendimento do que não se considera e daquilo que é desconhecido.

O simples fato de se respeitar essa possibilidade potencializará significativamente, o entendimento sobre o incompreensível, auxiliando nossa visão sobre o mundo e agregando uma qualidade à vida inestimável. Acredito que a hora de descer do pedestal da onipotência passou. Ciência e religião precisão, indiscutivelmente, dar as mãos e contribuírem de forma efetiva para o aumento do saber e do conhecimento do homem sobre o próprio homem. Não há só espiritual, assim como também não existe apenas o material. A junção das manifestações é que determina o ritmo da nossa estadía por ai.

Clécio Carlos Gomes