sexta-feira, 13 de março de 2009

QUANDO APRENDES A LEMBRAR DE TI MESMO


Há dias nos quais te esqueces pelos cantos do teu ser.

Dias em que não permites ser percebido pela luz da vida.

Dias estes em que deixas de existir, vivendo e respirando somente o que possa
distrair-te ainda mais de ti mesmo.

Sim, há dias em que não tens vontade de rezar, de meditar, de conversar,
tampouco ouvir o seu próprio coração.

Há dias em que a vontade é viver outras coisas que não aquelas que te fazem ficar
frente a frente com a tua própria existência real e absoluta.

Uma existência que, momentaneamente, parece não te agradar.

Algo assim como não querer ver as múltiplas responsabilidades que delegaste a ti mesmo.

Algo como esquecer da importância de ter a sua chama interna reluzindo fortemente,
haja o que houver.

Sim, há dias em que a vida parece tão igual, que a tua vontade é desistir e silenciar.

Mas, pensa por um instante sobre a desistência de ti mesmo; pensa sobre as tuas múltiplas habilidades para vencer qualquer obstáculo.

Pensa um pouco mais e tenta sentir o que significa estar vivendo este momento.

Verás que se deres apoio à luz que insiste em brilhar, a direção de ti mesmo será retomada e, rapidamente, resgatarás o que nem sabia haver perdido e perceberás, com um leve sorriso entre os lábios, a alegria que colore a luz que há de vir em teu olhar.

E, bem dentro de ti, lá nas curvas do teu coração, algo se mostrará agradecido
pela tua decisão.

Vê, quando aprendes a lembrar de ti mesmo, aprendes a não mais se perder na angústia de sentir o que não és.

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