terça-feira, 2 de dezembro de 2008

UM NOVO RECOMEÇO




Já é conhecido por todos que as coisas duram o tempo que têm que durar.

E por muito que o seu término nos pareça injusto, desnecessário ou até mesmo fatal é preciso que aceitemos os rompimentos que a vida nos impõe.

No entanto, não impede que dentro de nós próprios não precisemos de um tempo para digerir as perdas...

Mágoa, tristeza, vazio, angústia, revolta, insegurança...

Cada um destes sentimentos requer um tempo para que possa acalmar-se dentro de nós mesmos.

Ninguém sai ileso do encerramento dessas etapas desgastantes da vida, e o coração suplica por um espaço para regenerar-se, para reconstruir-se de novo.

O gosto amargo que fica na boca a sensação de fracasso a tristeza que fica muitas vezes dentro do peito são aflitivas, porém, naturais e fazem parte desse processo regenerador e doloroso que é a reabilitação.

É imprescindível que um tempo de pausa seja vivido, para que depois voltemos a renascer plenos para a vida.

Todo o ser humano quando enfrenta as suas perdas tem direito ao silêncio, ao recolhimento e ao respeito.

Ninguém se recupera de uma queda por mais pequena que ela seja, assim de um dia para o outro... Isto seria forçar demasiadamente a natureza humana.

Uma queda sempre gera ferida, quer sejam ela superficial ou profunda, não importa a sua gravidade, precisam ser tratadas até cicatrizarem completamente.

O tempo é o grande remédio para estes males.

As perdas e desilusões que vamos tendo ao longo da nossa vida existem apenas com um intuito, para que tudo o que já se encontra com o prazo de validade vencido na nossa vida seja removido a fim de dar espaço a novos recomeços...

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