terça-feira, 21 de julho de 2009

DESCONSTRUÇÃO DE SÍ E RECONSTRUÇÃO DA PRÓPRIA VIDA


Lute para ser feliz, com todas as armas: a razão, a emoção, a ética, mas, principalmente, a criatividade. Não se entregue a padrões pré-estabelecidos de comportamento, costumes, valores, limites, conceitos. Você pode se recriar, construir uma realidade completamente nova por dentro e por fora de si mesmo, para você e para aqueles que convivem com você.

Se esperar situação ideal, ela não chegará. Se esperar para a aposentadoria, estará velho ou com maiores e mais graves compromissos familiares. Se esperar para as férias, estará esgotado e tenso por ter de abandonar o trabalho. Se aguardar pelo fim de semana, chegará lá um caco humano, pela semana de tensão constante. Assim, agora é o momento para ser feliz, para se sentir bem e encontrar um padrão novo de bem estar e satisfação.

Esqueça a educação que recebeu: deseduque-se, para que possa fazer opções lúcidas sobre o que quer realmente viver, sobre os parâmetros de conduta e de sentimento, de raciocínio e de avaliação das coisas que desejará adotar a partir de hoje. Aprenda a desaprender, a esquecer-se de condicionamentos prévios, descondicionando-se e recondicionando-se em seguida, conforme princípios novos, conscientemente descobertos, inventados ou escolhidos.

Quebre a escravidão do vício, do medo, do desânimo. Comece vida nova, agora mesmo. Não se prenda mais aos grilhões que o prendem à retaguarda. Debele toda forma de escravidão, de servidão, de sujeição moral, mental, espiritual. Deus quer liberdade, plenitude, vida! Você pode seguir e deve, para horizontes mais largos de satisfação, intelecção e espiritualização. Não se limite pelos esquemas pré-estipulados de verdade e moral. Pense no bem seu e de todos, na promoção da vida, da produtividade, da criação, da solidariedade; e, a partir disso, engendre seu próprio código de ética e conduta. Seja aberto, seja livre, para que possa ser digno. Pense no essencial e não no superficial. Não pretenda se submeter a costumes, a conveniências, a aparências. Fixe-se no fundamental: a coerência consigo mesmo, sua autenticidade, sua felicidade. Sobre este alicerce, tudo mais poderá ser edificado com segurança, solidez e durabilidade.

Por fim, lembre-se de Deus, o conceito acima de todas as concepções humanas, a realidade que transcende a todas as idéias, a verdade que supera toda a moral ou pretensão humana de superioridade. Pense n’Ele e medite em torno de sua grandeza absoluta, invoncando-Lhe a Presença Soberana, com Sua Perfeita Providência e Infinito Amor. Colocando-se à Sua disposição e pedindo-Lhe ser a Ele conectado. Procurando alinhar-se com os fluxos de Seus sempre justíssimos e benéficos desígnios, estará potencializando os acertos em sua vida, abreviando dores e crises de mudança, evitando deslizes e desvios de rota, e, por fim, estará se capacitando a um nível de excelência, paz e bem-aventurança que nunca imaginou possível em toda sua vida.

É hora de rasgar novas fronteiras de plenitude, de vida. É hora de desvirginar a mente e a alma para novas expressões, mais profundas, abrangentes, genuínas e satisfatórias de vivência e realização. É hora de concretizar a sua potência suspensa, de fazer germinar as sementes de possibilidades infinitas que jazem adormecidas no imo de si. É hora de encontrar-se consigo em profundidade e dizer, para si, cheio de alegria e doce tensão, na expectativa do imprevisível, da transformação e da realização: “Ei, desconhecido interessante! Quero conhecê-lo e vivê-lo mais, bem além das aparências mesquinhas e da superfície grosseira que toquei, até hoje. Quero vivê-lo com ousadia e sem medos, sem limites e sem escrúpulos exagerados (irmãos da procrastinação, da covardia e da preguiça) e, nesse mundo de incertezas numerosas e inextricáveis, encontrá-lo, cada vez mais novo e diferente, uma camada do Si a mais descoberta a cada dia, até a definitiva descoberta de que você… cara enigmático do espelho… pode ser tudo que quiser, ao infinito, ao avesso e no anverso, de trás para frente, nesta e n’outras dimensões, nesta existência ou em futuras vidas, debaixo de Deus e ante a humanidade, diante si próprio e de seu destino… Você… cara do espelho… desconhecido eu… desconhecido deus… gigante adormecido, fera indomada, mas, acima de tudo… amado… de mim mesmo, para sempre…


Benjamin Teixeira
pelo espírito Egberto de Alexandria
(Texto recebido em 10 de fevereiro de 2003.)

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